|
Há 4 maneiras de encarar a religião: o monoteismo, o ateismo, o panteismo e o politeismo. Deixarei para outra oportunidade as religiões monoteistas.
- A religião sem deus, ou o ATEÍSMO, a transcendência do vazio. Sem deus nem mestre, a liberdade é a capacidadehumana de dar sentido às coisas e, por isso, o fundamento único de quaisquer valores. A vida colectiva fundamenta-se na fraternidade, sentimento "re-ligioso" da solidariedade intra-específica. A igualdade, o imperativo ético em que se baseia a solidaridade social, a grande utopia.
- No POLITEÍSMO todas as forças transformadoras são emanações da divindade e cada uma personaliza aspectos vários da realidade. Os valores fundamentais inerentes são o gosto e o respeito pela diversidade, sentimento "re-ligioso" da solidariedade inter-específica, e o reconhecimento da multiplicidade , o equilíbrio entre os opostos, como a fonte de toda a riqueza. O politeísmo trinitarista indo-europeu, em particular, põe em pé de igualdade a deusa, o deus e o filho e encontra para cada um deles três figurações correspondentes a cada idade da vida: a infância, a maturidade e a velhice.
- o PANTEÍSMO, ou a imanência completa do divino na natureza e na humanidade. Tudo participa do divino, a criação e a destruição, a consciência fugaz e a morte eterna.
O não-ser, o devir e a unidade, a síntese de todos os opostos. Do outro lado da trincheira, o monoteísmo, esse grande monarquismo divino, religião de massas, o ópio dos povos!