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Uma questão que se coloca em todas as religiões é a separação do bem e do mal. Quer o bem e o mal objectivados, coisificados e, às vezes, personalizados, como Ormuzd e Ahriman na antiga religião persa de Zoroasto; quer o bem e o mal éticos, o proceder bem e o proceder mal, sendo, na consequência, passível de absolvição ou de condenação. A compulsiva preocupação da religião com estes temas intriga-me. O Tigre garante-me que nenhum animal exprime razões para se culpar ou sentir mérito pessoal: o que lhes acontece na vida são consequências circunstanciais dos seus actos ou de eventos fortuitos. E nada mais.
Continuo sem me decidir se é deus, ou se é a culpa, que nos distingue dos outros animais.
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