O meu caril de vegetais

in O Tremontelo

17 de fevereiro de 2006

posted by Perdido @ 0:20

 

Não é a coroa da jóia, mas anda lá perto. Toda a gente que se preze de ter queda para a culinária já experimentou, pelo menos, fazer um caril. Como é hábito destas paragens, faz-se o caril de galináceo. O bicho, assim, lá se safa de ir parar ao púcaro (para quem não saiba, o frango no púcaro é uma mania nacional!).

A coisa que parece uma grande proeza, afinal não é: o complicado do caril não é ir ao supermercado, comprar pó de caril e deitá-lo para o tacho. É fazer o dito pó!

Quem pensa que o caril é uma especiaria está redondamente enganado: vos garanto, não é. Embora haja duas plantas com esse nome, não entram certamente no caril. O caril é uma mistura de ingredientes diversos a que, em pó ou em pasta, se chama caril. Muitos desses ingredientes não têm nada de exótico: o alho, a malagueta, a semente de coentros vou buscá-los à minha horta. Outros compro-os, obviamente, porque não é fácil tê-los à mão. Refiro-me, por exemplo, do açafrão das Índias que é difícil de obter, por ser colhido à mão, e necessitar de grandes quantidades de flores para obter uma minúscula porção do odoroso pó amarelo. Não é obrigatória a sua presença no caril como é na paella. Mas isso já são pratos de outro rosário!

Eu por mim levo bem mais de uma hora para apurar o meu caril (que fica em repouso mais um dia antes de ser aplicado no prato que pretendemos fazer). Depois, confecciono os legumes num wok. Mas o melhor é ver.


postal enviado por Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) @ sexta-feira, fevereiro 17, 2006

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