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No princípio era o Verbo. E o Logos, a palavra fântica, o discurso organizador estava com Deus, e o Verbo era deus...
Foi Lúcifer, o portador da Luz, o que separa a luz das trevas. E foi o Demiurgo, o representante do seu povo, o poderoso artífice manual ...
Ele estava no princípio e com o Pai. Não só assistiu à Criação como, sem Ele, não se fez nada de quanto existe. Em sete dias separou o inseparável, nomeou o inominável, lançou os germes da vida, pôs ordem nas criaturas e, quase perto do fim, apôs à grande obra a sua assinatura: o primeiro mundo criado recebeu um par de seres à sua imagem e semelhança.
No sétimo dia já o padre eterno descansava. No Verbo estava a vida e a vida era a luz dos homens.
Crime e castigo! Começa aqui a história de Deus, do homem e de Lucifer, seu filho único: o Pai não queria que os homens fossem como deuses; Ele, que era deus, quis ser como os homens. O Pai, ao acordar, puniu o seu filho único e o sedutor do mundo inteiro foi arrojado por terra, e com Ele todos os seus anjos.
Como caíste dos céus, ó filho da aurora! Foste prostrado na terra, ó dominador das Nações!
“Pai, Pai, porque me abandonaste?”, exclamou na sua mortal angústia o Demiurgo.
Da cidade santa, respondeu O que está sentado no trono: “repara como vou criar um mundo novo. Eu sou o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim”.
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