Tem sido sempre assim, portanto assim será. De vez em quando, recolho-me a um canto, desenterro o lápis e o papel, e desato a escrever um postal. É caso raro, que depende mais de condições exteriores do que de estados de alma. Desta vez, começou o Verão. Veio de mansinho, com patas de veludo. Chove, mas não incomoda: Até é musical o som das gotas a caírem. Está escuro, mas a mata filtra a luz electrizante. Está frio, uma frescura agridoce.

Dizer que puxo do lápis e do papel é uma metáfora que não é bem metáfora. Uso agora uma Apple pencil e comprei uma app que funciona como papel electrónico. Pensei que ia levar muito tempo a aprender a conhecer a minha letra mas enganei-me redondamente. Fiquei boquiaberto. Agora faço salganhadas e dou erros de propósito para ver aparecer no ecrã do iPad o que estou realmente a decidir escrever.

Desde o último postal até agora aconteceu muita coisa. Na minha vida, no meu derredor e no Mundo. Não me vou queixar da vida por respeito para com as vítimas das calamidades que por aí grassam. O ambiente enlouqueceu - e com razão! - e a humanidade está a ser governada por sociopatas.

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